segunda-feira, 12 de março de 2012

Linguagem Poética

  Os textos são escritos com diferentes intenções.Por exemplo, um verbete de enciclopédia ou de dicionário pretende informar o leitor sobre um tema ou uma palavra específica.Por isso, esses textos geralmente utilizam uma linguagem direta e objetiva.
  Já os poemas não costumam ser escritos a partir de uma linguagem direta, precisa ou clara.Pelo contrário, os poetas jogam justamente com os duplos sentidos das palavras, com as possíveis ambiguidades, com as combinações de sons e de significados inusitados.
  Para isso, eles usam alguns recursos próprios de linguagem poética.Um desses recursos é a comparação, que consiste em estabelecer uma relação de semelhança entre dois termos.Algumas  comparações podem ser surpreendentes e, por isso mesmo, poéticas, como a que encontramos no poema de Arnaldo Antunes: "O pescoço é a barriga da cobra".
  Outro recurso muito usado é o da personificação, por meio da qual podemos atribuir qualidades ou características próprias dos seres vivos em geral a coisas inanimadas ou abstratas.É o que faz Drummond com os poemas, dizendo que eles estão "paralisados", "sós e mudos", como se fossem pessoas.Ou ainda quando afirma que as palavras estão "úmidas e impregnadas de sono".
  Dessa maneira, os poetas criam, a partir de diferentes combinações, significados novos, inusitados.Por isso, a cada leitura e para cada leitor, um poema pode ter novos sentidos e novas interpretações.E é por isso também que muitas vezes precisamos ler o poema em voz alta, para que, ouvindo-o, possamos compreender o que ele fala e desfrutar de sua beleza.

Nos livros está tudo

Que haverá nos livros? - costumava perguntar a mim mesma quando tinha três ou quatro anos, sentada no meu banquinho, na livraria dos meus avós.


Atrás da caixa, sentava-se a avó. Do outro lado do balcão, a minha mãe esperava os clientes. Por detrás dela, as estantes chegavam até ao tecto e, para se poder alcançar os livros das prateleiras de cima, uma grande escada, suspensa de uma barra de ferro por dois ganchos, deslizava da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.


Não pensem que me aborrecia! Quando um cliente entrava na loja, eu punha-me a adivinhar: irá escolher um livro das estantes inferiores, ou interessar-se-á por algum colocado nas de cima? Jovem, ágil e inteligente, a minha mãe sabia onde se encontrava cada livro, subia a escada se necessário, descia com um livro de capa azul, vermelha ou dourada e colocava-o diante do comprador. Eu sentia-me orgulhosa da minha mãe e cada vez me interessava mais e mais pelo que pudesse existir nos livros. Nas filas de baixo, também os havia de capa azul, vermelha ou dourada, cheios de letras negras, pequeninas, mas nenhum tinha desenhos tão bonitos como os meus !


Em minha casa toda a gente lia. A minha mãe, o meu pai, os meus avós. Ao observar os seus rostos inclinados sobre um livro, ao ver que às vezes sorriam, que outras vezes se punham sérios, e que em certos momentos viravam a página com uma atenção tensa, interrogava-me: Por onde andarão? Se lhes falo, não me ouvem e, quando por fim me prestam atenção, parecem acabados de sair de algum lugar distante. Por que não me levam com eles? Que existe afinal nos livros? Qual é o segredo que não me querem contar?


Mais tarde aprendi a ler. E descobri, enfim, o segredo dos livros. Descobri que neles estava tudo. Não apenas fadas, gnomos, princesas e bruxas malvadas. Também lá estávamos tu e eu com todas as nossas alegrias, as nossas preocupações, os nossos desejos, as nossas tristezas; o bem e o mal, a verdade e a falsidade, a natureza, o universo. Tudo isso cabe nos livros.


Abre um livro! Ele partilhará contigo todos os seus segredos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Nos livros está tudo.

   Que haverá nos livros?- costumava perguntar a mim mesma quando tinha tres ou quatro anos, sentada no meu banquinho, na livraria de meus avós.
   Atrás do caixa sentava-se a avó.Do outro lado do balcão, a minha mãe esperava os clientes.Por detrás dela, as estantes chegavam até o teto e, para se poder alcançar os livros das prateleiras de cima, uma grande escada suspensa de uma barra de ferro por dois ganchos, deslizavam da esquerda para a direita para a esquerda.Não pensem que me aborrecia! Quando um cliente entrava na loja, eu punha-me a adivinhar: irá escolher um livro das estantes inferiores, ou interessar-se-á, por algum colocado nas de cima? Jovem, ágil e inteligente, a minha mãe sabia onde colocava cada livro, subia a escada se necessário, descia com um livro de capa azul, vermelha ou douradae colocava-o diante do computador.Eu sentia-me orgulhosa da minha mãe e cada vez me interessava mais e mais pelo que pudesse existir nos livros.Nas filas de baixo, também havia os de capa azul, vermelha ou dourada, cheios de letras negras, pequeninas, mas nenhum tinha desenhos tão bonitos como os meus!
   Em minha casa toda a gente lia.Ao observar os seus rostos inclinados sobre um livro, ao ver que ás vezes sorriam, outras vezes se punham sérios, e que certos momentos viravam a página com uma atenção tensa, interrogava-me: Por onde andaram? Se lhes falo, não me ouvem e, quando por fim me presta atenção, parecem acabados de sair de algum lugar distante.Por que não me levam com eles? Que existe afinal os livros? Qual é o sagredo que não querem me contar?

Tesouro

"No Egito, as bibliotecas eram chamadas de Tesouro dos remédios da alma; de fato; de fato, nelas cura-se a ignorância, a mais perigosa das infermidades e a que dá origem a todas as outras"

Volta ás aulas.

  Bom, se iniciou mais um ano, mais uma etapa de nossa vida.Esse ano vai ser o último ano do ensino fundamental, concerteza vou sentir muita falta da escola, dos professores, dos amigos.Mais também vou ficar feliz por estar indo ao ensino médio. Espero que esse ano seja cheio de surpresas e que seja muito abençoado.Quero aproveitar o máximo, estar sempre com meus amigos e buscar aprender muitas coisas.